sábado, 7 de julho de 2012

Um simples afinal



Os malditos que lhe acusam lá fora
roubam seus sonhos
metem o dedo em sua cara e gritam
[Farsa

Essa é a remuneração
Anti-ação 
o caos não é o fim
Afinal é a indiferença
A morte dos princípios
fazer dos princípios a morte
toda sorte de azar persegue-os
apontando dedos com unhas limpas
imundas almas em corpos cheios de clichês
parvos arrotando conhecimento alheio

Purgatório mundo
eufemismos à parte 
Purgantes quem os quer beber
aspiram toda ânsia do povo
pobre, ladrão, faminto
depois batem em suas barrigas
dizendo não ter o que fazer
Podres vidas, coitados
Exclamam

Conhecer-se ainda é a melhor escolha
O não suportar regras causa-lhes traumas
guerras neuro-espaciais
infestam suas cabeças atômicas
cortadoras formigas

Joice Furtado - 07/07/2012

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