segunda-feira, 2 de julho de 2012

A concha

Foto: Alexandre e Cristina Lima

Deitada à beira do corpo
a beira da alma transborda
beirada de-Vida
espirais em vira-volta
format(ação) transformante
recrio os mundos espiralais
anéis de saturno tenho
nos dedos das mãos envoltas
constelações 

em meu peito amante
espumas 
amo quando me toca
os cabelos de ondas
ondeada eu vou sorrindo 
afasto brumas

patino nas alamedas do então
presente!
transcendentais vias
eu em eu mesma revigorante
respiro respeito rescaldo
o néctar exteriorizo suavizante
paixão

retiro a capa que me impede de sentir a força da onda
atiro-me de peito aberto 
já não me chegue ao ouvido
ouvida-meu seio bem perto obterá 
de mim toda
senti(n)do

dádivas da natureza
pérolas
em meu pescoço laço
de conchas dou-lhe segure-as
minhas mãos enlace
às suas 

Joice Furtado - 02/07/2012

2 comentários:

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Joice, tão delicado quanto lindo. Seus versos são encantadores.

Suelen Muniz disse...

Oi Joice,
Linda poesia,com certeza vamos mais além quando temos alguém para amar e nos fazer companhia!
uma ótima semana,abraço,=)