Minhas ganas do teu corpo
sussurro rouco nesse ouvido
gemido fremido meu sufoco
transbordam os poros desejo
violar as leis estabelecidas
ser o céu-profano guarida
aos violentos espamos deixo
um quê suspenso no ar morno
atmosfera semi-aberta marginal
sobre teus peitos ávido mordo
libero a fúria existente animal
noturno, diurno, semicerrados
olhos de desejo fixos na derme
injusta mulher que me consome
a luta entre eu-mesmo eu-ela
pensamentos indecentes torno
cavaleiro montando a besta-fera
das entranhas sedutoras revela
ser escondido prendes-me tanto
quanto guardas-me todo encanto
no mundo, do céu, mar e estrelas
entre as tuas pernas constelação
brilham os seios mimosos enfeites
vaivém cadente sondáveis cometas
percorrem anos-luz por um quinhão
dos teus mais ousados deleites
Joice Furtado - 31/07/2012
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