Enfeito o novo com zelo
Amor
dente-de-leão afia garras
desfaço-me do morno
borro o peito
negro, branco, amarelo ou vermelho
cor-de-rosa
pant(H)era
caço-lhe pelas ruas
olhar de arredia felina
eu lhe toco, eriço os pelos
arrepia-me leve sussurro
toque de mãos macias
p-ous(e)m Minha nuca
ousada
tomo-lhe os olhares, desfaço as malas
requebro desse jeito
refiguro-me ao seu lado
costela achada
um abuso
marcada em ardor pimenta
tr(A)ço de navalha afiada
bravia faço efeito
quebrando com minha vaga
rara
não me canso, não lhe falo
vou e venho, vaivém
dou a (con)torcer- do que me valho
sua sede
roupa minha, vistam-me seus poros
pelos em que a mão brinca
desliza pelos botões, calça
que me tira, retira
do sério
e se ri satisfeito
tomando todo suco
achando-se complexo
nosso estado
um tanto gasoso, vapor alcoólico
descomplique-me o trajeto
redobro esforços
capricho nos gestos
pantera mulher
fera-Maravilha!
rubes(c)ente lua
cresço ao sol poente
aviste-me pelas costas
brancas-rósea
N(u)Astral
sempre quente.
Joice Furtado - 25/06/2012
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