quinta-feira, 7 de junho de 2012

Mãos na gueixa

Como fosse fera, ela vai
entre as horas
ora nela, ora ela

noite das luxúrias
os lençóis suspirados
ais num mesmo caso
e corpos, é

o prazer, a força escuma
derruba os escombros
assombrados delitos
não existem pecados

segurados cabelos, madeixas laçadas
mãos na gueixa
um só contemplado

pernoites
línguas em bocas
pernas lanhadas, unhas
recompõe-se ao ritmo
felina

crava o açoite à vítima
direção-desejosa linha
de frente
rainha das noites
pernoitada dama

*
das camélias

Joice Furtado - 07/06/2012

1 comentários:

Francisco Settineri disse...

Beleza! Lembrou-me uma leitura das férias, da biografia de Madame Sadda Yako, gueixa famosíssima no começo do século passado...
A sensualidade é na verdade uma coisa divina...