calma
é viver a meu modo, sobejo
tanta falta, desvarios
entrego-me corpo todo
alma
preto no branco, mulato
amarelo, rosa, arco-íris
sou todas as crenças
multíplice
meu plano celeste, livro
escrevo com cordas de sangue-
vivo
lilás e arredio, corisco
correndo pelas vagas
entremeto-me nas horas
nada alheia aqui
fora e dentro do tempo
aventuro-me para compreender
o incompreendido
amigo que sou do vento
desato o ventrículo e grito
meu amor ou ódio, grande afã
rio-me, esmigalho e detalho
minúcias de mim, de vários
formadores vindas areias
bem ou mal
ampulheta dinâmica
óasis nos meus desertos
palavras!
Joice Furtado - 19/06/2012
0 comentários:
Postar um comentário