terça-feira, 26 de junho de 2012

Os olhares vadios


C
a
i

a tarde
enquanto 

aTr
(A)
ves-
-so 

a faixa de (pÉ)destres 
olho para o céu
imaginando besteiras
desse

sapato maldito
aperta o pé e o calcanhar
esfo(l-a-d-o
entupido de esparadrapo
bege

as formigas atÔmicas dessa cidade
poderia explodir em mil pedacinhos estruturais
os quais não têm

cômica_Mente
penso

devo ser ainda normal
quero fugir de tal parecer 
Med(í)ocre

adiante avisto um maluco-
atento
enrolando um cigarro de palha
ou sei lá que porra é aquela
compenetrado
palavra bonita quis dizer

aquele bagulho 
de estar sentado no viaduto
olhando a folhinha cor de papel de pão
pior VIaduto que começa e termina
no mesmo lado do rio
e o frio
sopra a fumaça para amenizar

próximo da casa
ali onde tem o mata-burro

interiores risos

com asneiras demais Menos-mal(vad(i)a)Mente
burros 
quem os quer matar?

Joice Furtado - 26/06/2012

Dos olhares vadios ou As obsessões quotidianas 


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