quinta-feira, 21 de junho de 2012

De dentro para fora




Degredado
enforca-se com própria corda
enquanto fumo um cigarro


ao coçar minhas partes íntimas
avisto-te
rastejas pelas escórias
os vermes tuas companhias
refestelam-se na carne morna


J)actân(c)ia
de dentro para fora-expulsas
exploram-te larvas, contaminam intestinos
bolos sobre bolos com massas
ovas dos asquel(m)intos


que são especialidades tuas
seres das sobras, sobram-te
miséria(S)calamidades
instaladas na mente 


difusa, deterioras e goza
o esperma dos podres humanos
virando-te (coisas Viram
o inferno nos olhos queimando
(ó)leos da maldade


que tudo vê, nada enxerga
Hórus sem oras para ti
orações são como incenso
bálsamos não-derramados
sobre areias de cemitério


por fim continuas vermiculado
entremetido espumas sempre
provas bocas das bocas bueiro


R-etro(G)rado

Joice Furtado - 21/06/2012

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