Há temor neste braço veneno
desmistificando-lhe lenda, cruzo
vidas estraçalham-se pedras
cabeças ocas como vento
corto com as mãos arredias
prazer não a ver, ou a-ter
de frente, de cara, corrupta
face que enoja, causa ânsia
fantasmagórica-cínica
perdendo o rumo das coisas
cresce semente envolta
não haja sombra ou porfia
que lhe dilacerem a alma
todo corroam seu pâncreas
maquinações seguem ruins
febris vontades irrompam
apeteça-lhe a calma, coma
os sonhos saborosos ardis
ligado interruptor massivo
massificado não é o tom
tonalizante de todo ódio
amor fingido-só interrompe
o coito em seus quadris
Joice Furtado - 16/06/2012
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