domingo, 17 de junho de 2012

Pulsante ser




pulsa que pulsa nuante ser
completamente nu nas palavras
reconheço-me despido e aprendo

dispo-me das tais envergaduras
envergonha-me o questionamento
o ser altivo ainda me amargura
as entranhas já doloridas de viver

estranho e só
nunca, estranhamente, sozinho sou
sopra-me palavras, então canto
as iluminações do belo amor

por mim, pela sede que tenho
beberei estas águas,  rio calmo

quando tudo for só o pó
levanterei-me nesta força
vaporosa viaja-me e encanta
percorre as minhas veias o sangue
então lhe sonho, recostada à cama
pelas diletas horas de sono

preferida, entre todas de nascença
crença que me toma, embala
é meu fogo, minha alma
é meu tudo, mundo, pulso consigo
apaixonada estou, sem rodeios
circunde-me poesia

inteira vou no seu braço dado
embala-me suave peito arfante
criança que sou, engatinho e lhe chamo
amada mãe de tudo


Sabedoria

Joice Furtado - 17/06/2012

1 comentários:

reinaldo del trejo disse...

Ah! Como é bom amar não é mesmo?
Seu poema Express uma paixão fervorosa que me dá até um pouco de “inveja”, mas uma inveja boa sabe.
Você usa as palavras de uma forma complexa e muito bacana, adorei seu blog e sua maneira de escrever.
Também gostei muito da música de fundo, muito forte!
Belo poema! Adorei!
De Reinaldo Del Trejo.
Quando tiver um tempinho, faça uma visita no “meu mundo”.
http://reinaldodeltrejo.blogspot.com.br/