Quando te vejo
rebrilham os olhos
lampejo de raio
bate-bate peito no jeito
bate-bate peito no jeito
estremeço
abre-manto
tanto que tonteio
abre-pranto
não feches meu
olhar
abre-me as portas
para ver
vejo-te
viajo os céus dos céus
nuvens da mente desanuvio
meus olhos de lágrimas
amando
admir(a)ndo com passos largos
corro e, como corro
pelas ruas entrecortadas
pelas rendas desse corpo
arrendo-me em ti
não se arrede, sim!
deslizo no liso desses cabelos
da pele que degusto
voz que ouço, sopro
vida em minhas narinas
de barro formado homem
reformo-me, reformulo atos
desato esse desatino
eu menino, meninice de versos
entrego-me a eles
diletos sonhos compostos
parágrafos, estrofes a gosto
quanto gosto, quanto
de viajar por essas galáxias colossais
loucuras nada artificias
nada metrificadas, expansão de mim
empolgando o tanto e o talvez
minúcias que me apontam loucura
boa, impaciente, de(s)controlada
e livre, rio-me
liberdade é essência!
estendo as minhas asas de luz
corporal
energético solar dos sonhos
o prazer compõe
enzimas, são elas sim
as mantenedoras da alma minha
poetize-se bela
poetize, enquanto aqui
vou-te recolhendo
das flores as pétalas
formosos versos
Joice Furtado - 14/06/2012
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