Foto: Neil Duerden
leio-me só
sozinho quanto estranho
estranh(a)mente poeta
semente faço-me se
com certezas trucidadas
bombas incendiárias
soltas do espaço
conspiro incerteza
e ela me entende
sorri
como a busco tão e quando
sabendo que existe somente
e o saber é o começo
desgraça não é o fim
engrace-se a pensar
tudo o que sempre existirá
o rio passa, tudo passa
a vida também
se você deixa os pés fincados
as marcas sobrevivem ao tempo
palavras lançadas não voltam atrás
voltem os grãos, senões
ao longânimo semeador
até o ladrão, se permitires
voltará
talvezes dos bem(mal)-me-queres
os qualqueres não permitas
jamais
continuem todos ninguéns, sim
ninguéns até o dia da compreensão
compreendendo-isso
então se encontre
supreendido não de(s)preze
na pressa do achado
ao longo do caminho, junto
muito e sozinho
comigo
com outros eu vou
porém ainda consigo
com todos só
pensamentos
formado de todos os nós
destrançados e os que vale a pena ater
Joice Furtado - 15/06/2012
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