terça-feira, 19 de junho de 2012

Chão de flores




As
flores miúdas deitadas pelo chão
amiúdes os sentimentos guardados
renovam seus brotos na primavera
e digo flores serão sempre belas
tapete rendado ornando a calçada
alma sublima pequenina(s)brancas
recolhendo-as sinto qual criança
catando alegrias caídas desse ar


espalhadas pelo vento encontraram
destino qual esse não há
do pó ao galho modifica a natureza
destila beleza, vivifica pensar
mente cansada destrincha as flores
apaga dores as relatar
Quanto me custa sedes amores
amor(eira lança flores pra namorar


namoradeira
eira de todos que passam por lar
que és o meu então o encontro só
embaixo dos ramos floridos lugar


espalho-me, vestidos bonitos tenho
tantos de pétalas sopradas brancas
minha infância assim lembro menina 
mimo os botões recolhidos e refaço
colcha de retalhos onde vou deitar


as horas passam, passas de uvas adoro
sei as flores miudinhas brotam por lá
sob a videira recolho os frutos
ensinamentos vários quis passar


e aprender sempre
porque olhos tristes de que valem
lágrimas bastante não podem regar
flores miúdas caídas pela calçada
Vida
(a)florada


Joice Furtado - 19/06/2012

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