Foto: Ximo Lizana
jogo a rede no espaço
desejosa que lhe alcance
lanço atrevidos ditames
fluidos percorrem
minha alma olores
enfraquecida arrasto
palavras mal concebidas
e as suas onde estão?
nos braços das raparigas
tomam do leite
comem com desprezo esta carne
arrotam azeites seus
imagino
corrupções mil nestes braços
no chão da sala, sofá ou quarto
mastigo os desejos oferecidos
lanho costas enquanto ofegas
desprendo os pudores
reconhece a cortesã
nunca santa, o desvario
tonteando sua mente
procura meu arquejo em outros
mundos, outros orifícios
vício s(eu) recanto
sinto o gosto
das amarguras, tremuras
fodas pouco aproveitadas
os corpos frios em sua boca
não rogada
que cospe em sepulcros de esperma
esses não o aconchegam
suspiro
o meu canto é assim poeta
pássaro intranquilo
profusão de ais platônicos
não mais
Freud que o diga
Joice Furtado - 19/09/2012
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