Foto: Vlados
Esse ardor no peito
angústia passageira
eu que me dirijo
automóvel
combustível explosivo
Assim o que sinto
pressinto e reajo
maltrato pensares
os ares queimo
crio ideias mirabolantes
volante de mim
viro as curvas da mente
chego crescente
do chão levanto
um choro no canto
olhos tristes são marcas
ressaca que vem e vai
tempestade
também torno ao cais
quem me resiste?
resido no infinito de mim
e por isso faço-me tantas
caráter que consome
alimento e fome
medidas a punho
sobrevivo
força é o que nos faz levantar os olhos
quando à volta o ar é pesado e intranquilo
Joice Furtado - 10/09/2012
0 comentários:
Postar um comentário