terça-feira, 27 de março de 2012

A grande Avenida




O meu papel marcado
receita do cotidiano
medidas certas
paciência
banzos
fermentada ausência
essa de ser ausente
e descomunal engano
o ser todo presente
atrevido
meu olho persegue
digo um só, pois os
ineficazes são
dependentes
da mesma lente esquerda
Avenida grande, gritam
favelas beirando
suas costas, Brasil
meus olhos são lâmpadas
faróis de milha, águia
observando
perscrutando o universo
por vezes radiante

Esse mundo indecente!

Limiares sujos
mentes doentes
Nada que veja é tão só
e diferente do que já vi
antes, sempre
ferida de bichos cravada
nojo
Algo tão bruto
pode florescer um dia?
Esperança
bela dama irreal
Dá-me sorrisos singelos
de crianças que me olham
de dentro para fora
Inocente guardo
a inocência pulsante
em veias quentes
insensatas

Conheço tão bem
alguns desses caminhos
valentia e desvario
Quais jamais chegam ao mar
palavras são ilustrativos
ilustradas para continuar
perseguindo sonhos
em medidas nobres,
contudo inexatas


Anarquisticamente, eu ainda ando de acordo com o sistema. Seu conjunto de regras e preceitos, uns ultrapassados, dentre outros tantos que são vias de conduta para os submissos cidadãos. Uma mente assim, como miscelânea, mente de mulher não tem muito valor para alguns. Justamente as mulheres que são as progenitoras, as mães, conjunto tão harmonioso de células justapostas em um ser de alma e coração quase sempre sublimes, digo quase, pois há aqueles indivíduos nefastos, com tamanho desprezo pela vida que lançam seus filhos fora embalados em bolsas de supermercado, sacos de lixo ou, simplesmente, jogados ao relento para morrer, esses que jamais deveriam ter a dádiva de colocar uma criança no mundo. Enfim, a vida quase sempre é injusta, nós é que devemos fazer dela algo melhor.

Joice Furtado - 27/03/2012

1 comentários:

FilipeSan disse...

Oi... Passei pra conhecer seu blog e gostei muito daqui, lindo blog!
Estou seguindo, ok?

Se puder visitar o meu:
http://dafimastersex.blogspot.com


Beijão!!