Mariposa, lá vai ela
abestalhada e confusa
percorre ruas, ladeiras,
endoidecida a procura,
atraída pelo brilho inebriante
de uma noite intensa de lua
Contorna quarteirões, prédios,
nenhum obstáculo a perturba
Surpresa de cara ficou
às voltas com o diferente
entorpecida, bêbada
no brilho néon e quente,
ofuscante da casa das putas
Mariposa de grandes olhos,
estratégia que ao inimigo assusta,
porém sua vaidade mor, afoita, é
enxergar bem o oásis querido,
letreiro todo aceso, entorpecente,
luminária notável das putas
Hoje, viciada no artificial
sai às ruas, vara noites
Nada há que a segure, leve
ao seu afazer normal
Agora tudo é careta, brega e sem noção
Abandonou o brilho da lua, noites frescas
da tal luminária é fã, por ela arde seu coração.
Joice Furtado - 07/03/2012
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Às vezes as pessoas se deixam atrair por essas luminárias artificiais e deixam de enxergar o brilho mais valioso que existe, o verdadeiro brilho que não se apaga jamais. Repare bem em qual brilho você está focado, será que vale a pena?
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