terça-feira, 30 de outubro de 2012

Rendas e Alvejantes

Foto: Odile de Schwilgue

Tu és meu álibi
afã
força motriz
matriz presente
embrulhado quieto
pedaço do bocado
aconchego em sutiã

o aroma das pétalas
tuas clareiras
armações certeiras
flechas meu olhar

e caio
caio em desalinho
não me estrepo
mais me deito
extasiado
olhando teu cavalgar

pelas campinas orvalhadas
minha rainha
assim me cortas com navalha
a carne dura
amoleces meu pesar

amor:

álibi
colibri
teu canto invade alma
alarmo ao vento:
- é nesse momento
quando me coMoves -
eu que da tristeza
era parente
acalmo-me em teu cio
sexo
seiva
alívio do que era cinza

clareias o dia
(ótimos alvejantes são as
palavras de desejo)

... estou aqui
sou tua(eu)
minha irmã 
poesia


Joice Furtado - 29/10/2012

Será magia, miragem, milagre, será mistério!
Sereia - Lulu Santos

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