Desenho uma estrada
Cada curva, sinalização
Aplaino, asfalto-a
sistematicamente
cada qual e sua obsessão
Todo canto do caminho
esquinas e tranversais
tão bem definidas
imagino
Que o mundo me dê estradas
e eu as construa
engenhosamente imaginária
escavando os montes, tropeços
atropelos de vida
desenganos e conquistas
Olhos cansados também enxergam
pelo menos ainda
com a experiência passada
contam os palmos e medidas
novas malhas
o-usadas linhas
Vestirei-me
corpos nus só aquecem juntos
procuro o fogo
ele arderá ainda
A brasa acende-se ao mínimo sopro
ela vem
Minha nudez é aparente
ela vem
desconcertada
desvairada rima
Joice Furtado - 05/05/2012
1 comentários:
Toda nudez é aparente já que a nudez que importa é a da alma.
Um belo poema!
Beijokas e meu carinho.
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