quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Poeta



Se de todo poeta eu não for, 
resta-me no peito, palavras de amor. 
Palavras em movimento
de toques, pernas, beijos
Palavras de sedução
Delícias da pele, mordidas, desejo
provocações ao extremo.
Eterno ardor 
de corpos que se buscam,
de mentes, fantasias
Se de todo eu não for poeta
que me valha de consolação
a tez que na madrugada toco
Habitar seu coração
Sua língua roçando na minha
Prazer que me eriça os pelos,
ser sua mocinha vadia,
em termos
Vadiando vamos
nós dois amantes, doentes, 
doentes que somos,
totalmente enfermos
de um no outro, somente,
fundirmo-nos.

Joice Furtado

3 comentários:

Uriálisson disse...

Sensual,bonito...belo poema!

Varela Pires disse...

Excelência de poesia!... Só alguém excepcionalmente sensível, poderia ter escrito tal!...Parabéns!

Varela Pires disse...

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