quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Poeira do infinito

Foto: Web
Racional tu me olhas
aborrecem-te os questionamentos
vontades intermináveis
- caprichos tenho -

não sou um bicho
ainda que me cavalgues duramente
pisa sobre as preferências
- faço para ti este tipo - 

dou a chance da vanglória
abraço o teu sorriso
molduro o meu ao teu

velo por prazeres esquecidos
enterrados sem flores
sepultados no corpo insone

a bebida que não toquei
mesmo que a veja
passando por meus olhos
em uma vitrine, o luxo

dispenso aquele mundo
lixo o qual me ofereces tão leviano

Persigo o inesperado
desesperado truque de mágica
esta poeira do infinito na qual tocamos
sim, nela tocamos

estou faminta, mas tu agravas minha fome
nega fantasias a mim que definho
- um esfomeado a beira do prato -

intensa, ainda e sempre intensa
busco aquele pedaço do céu onde recolho
cacos de vida pura, colo-me ao espaço
a poesia me beija e me reveste do novo

a ti um adeus

tenho uma bela roupagem agora
 - minha própria sensibilidade!

Joice Furtado - 09/01/2013

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