O desatar da fonte
Lírica minha
modelo o barro-argila interior
meu tônus plácido engasgado
sentimento-coração
em milhões de palavras febris
drops de frutas ácidas
a pilha do mundo é o pensamento
bilha recarregável para cérebros futuros
gás desintoxicante para esse ócio
fanatismo escondido entre-beiços
murmúrios azedos em desprezo solene
eis aí os teus ais
as minhas fantasias são tão humanas
nefastas ânsias corrompem-me as beiras
ainda sou aquela represa
a mesma que acumula as emoções
despejo encantos, sorrisos espalho
meus dias de ressaca menstruada
as águas vermelhas são o bastante
revolta carrego e não nego
meu ser ignorante e pleno
inundo-me de sabedoria
no meu degredo muito-sério
pouco vil sarcástico
preciso da nova-vida
esse anti-ácido efervescente
multidão que me cativa
os olhos pelas esquinas escuras
quando o coração ansioso come taquicardia
a capa-corpo danosa por inteiro enfraquece
Joice Furtado - 13/08/2012
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