sábado, 3 de agosto de 2013

Compassos




Na pausa do poema
vejo-te
em segura
insegurança

Mistério
a decifrar atos
silencio
       - fartos gestos

Na pausa do poema
mastigo intentos

sopros
sorriem
      - tristes olhos

são extraordinários esses!

curvas, linhas no papel
em minha direção
ondulam sons 
           - verso

nua escrita
nunca tímida
desnuda-me 

na pressa do poema
pausa
aceleram
meus pés para ti

Por que corrias na chuva?
tão já estarás aqui

entre pausas e pernas
tinjo teus cinzas
e vives de novo
nestes desejos poéticos

Joice Furtado

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