choro porque minh’alma é rio
nasce
e renasce
dia após dia
e quando desaguo tristezas
na foz dos pensamentos
lançando frios
em meu habitat maior
vejo oceano misturado ao seio
sal íntimo
aqui onde a imensidão pertence-me
meu olhar alonga-se, espraia margens
choro
evaporando alegrias, subo ao céu
com as aves vívidas
bato asas no espaço — respiro
tanto rio, mar, sal e azul
molécula livre
desato corpo da forma
não mais pedra contra onda
sou em arco
-íris ao sol
simples menina que chora
ri
e nada
são as circunstâncias
apenas passageiras
— desembarcam na próxima estação
Joice Furtado
Poema publicado em primeira mão no Site Vidráguas.
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