terça-feira, 8 de novembro de 2011

Fazer amor


"Fazer amor é compartilhar a vida a dois."

Outro dia em uma conversa, estávamos falando sobre esta frase tão bonita. Lembro-me de ter dito que fazer amor para mim é muito mais do que apenas uma frase ou um ato.
Penso que fazer amor é compartilhar a vida a dois, principalmente quando surgem as dificuldades, porque as alegrias são fáceis de serem compartilhadas.
Fazer amor é ter um projeto onde ambos estejam envolvidos. É desejar do fundo do coração que o outro seja feliz e ajudá-lo sempre que for necessário.

Fazer amor é respeitar a individualidade do outro sem ficar controlando tudo o que ele faz, pois em muitos casos, o controle vem disfarçado de “cuidado”. Fazer amor é confiar, é respeitar o espaço e os hobbies do outro. É entender que ninguém é a metade de ninguém, pois somos seres completos.
Penso que fazer amor é cuidar diariamente da pessoa que amamos nas pequenas coisas e com atitudes sinceras de afeto. É desejar saber como foi o seu dia. Fazer um “cafuné” na pessoa amada. É beijar-lhe todos os dias e se tiverem brigado, pelo menos lembrar de dizer boa noite.
É ter a humildade de pedir perdão pelas palavras duras que às vezes dizemos, quando estamos irritados e ter paciência para ouvir o outro lado
Fazer amor é buscar o prazer de estar juntos para compartilhar atividades que agradem a ambos. É respeitar as diferenças e aprender com elas, afinal estamos sempre aprendendo.
Fazer amor é manter-se motivado para expressar afeto e erotismo com gestos ou com palavras, à medida que a relação amadurece, pois esses dois aspectos são a base de um relacionamento amoroso.
Diante de tantos projetos que temos na vida: trabalho, problemas que surgem e responsabilidades, fazer amor é lembrar de reservar um espaço para desfrutar da presença do outro na intimidade sexual.
Fazer amor é permitir-se, entregar-se de corpo e alma à pessoa amada. É também respeitar o corpo do outro e os seus limites, pois quando forçamos uma situação, não estamos fazendo amor, mas desrespeitando a outra pessoa. É bom lembrar que não somos propriedade de ninguém, além de que, não viemos ao mundo para satisfazer os desejos das outras pessoas. Quando temos autoestima, fazemos amor com dignidade, preservando a nossa integridade.
Fazer amor é também expressar o seu desejo e ter interesse e sensibilidade para entender a subjetividade erótica do outro. É sentir, admirar e desfrutar o cheiro, o calor, o gosto, os sons e as formas da pessoa amada, conectando-se e identificando-se com ela. É iluminar o ato sexual com o brilho afetivo do encontro. E você? O que acha?
Entre tantas outras maneiras que temos de manifestar o amor, fazer amor é investir no relacionamento, é acertar, errar e tentar de novo.

Por Carmen Janssen – Sexóloga, escritora e palestrante internacional

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